Vereador Pacheco assume Progressistas com o desejo de unir a direita para a prefeitura em 2024

Foto: Guilherme Teixeira (Divulgação)

Pablo Pacheco e Sandra Rebelato foram eleitos para comandar o Progressistas de Santa Maria

O Progressistas de Santa Maria aposta na renovação e em uma liderança jovem para comandar a sigla até 2026. O vereador de primeiro mandato Pablo Pacheco, 32 anos, foi eleito, no sábado, presidente em chapa única e terá entre as principais tarefas conduzir o processo eleitoral municipal de 2024. Ele, que não concorrerá à reeleição no Legislativo, substituirá Mauro Bakof que ficou na direção do partido por oito anos. Como vice, Pacheco terá a ex-vereadora Sandra Rebelato, que, inclusive, já comandou o Progressistas.

Logo depois do fim da convenção, o vereador já tomou posse e, agora, dividirá as funções de parlamentar com as de dirigente partidário. Além de se dedicar na elaboração de uma nominata competitiva à Câmara e construir uma candidatura ao pleito municipal, o novo presidente se comprometeu a ampliar ainda mais os espaços da juventude partidária, estimulando o surgimento de mais lideranças jovens como ele próprio. Pacheco assumiu também o compromisso de dar continuidade ao legado de Bakof no fortalecimento da base do Progressistas e promover a integração permanente com as lideranças da legenda na Região Central.

— Podem esperar do meu mandato, uma postura de diálogo, construção e unidade. Estou na condição de presidente daquele que é o partido do municipalismo e com o maior número de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores do RS. Não esperem, nada menos, que o meu compromisso de zelar pela grandeza do Progressistas! — afirmou Pacheco, que comandará uma sigla com mais de 2,8 mil filiados na cidade.

Sobre candidaturas a vereador, Pacheco tem o desafio de, pelo menos, manter a bancada, hoje a maior do Legislativo com quatro parlamentares. Um dos nomes cogitados para concorrer é de um novato no partido: o ex-presidente do Legislativo Luiz Carlos Fort que começou sua carreira política no PT, pelo qual foi vereador, e depois teve uma curta passagem pelo PL concorrendo a deputado estadual em 2018. Já em 2022, aproximou-se dos progressistas e fez campanha para o deputado federal reeleito Pedro Westphalen, de quem, agora, é assessor regional. Outro nome que pode concorrer ao Parlamento ou até a prefeito é Evandro Barros Behr, que, em 2020, concorreu ao Executivo pelo Cidadania e, em 2022, já pelo Progressistas disputou vaga a deputado estadual.

Ao pleito municipal, tudo sinaliza que o partido poderá integrar uma aliança com o Novo do ex-deputado Giuseppe Riesgo, que, aliás, prestigiou a convenção e posou ao lado de Pacheco. Ambos são muito próximos, o que facilitaria a aliança. Em 2020, Giuseppe apoiou Pacheco a vereador e, no segundo turno, abriu voto a Sergio Cechin à prefeitura. Uma candidatura liderada por Giuseppe, que admite concorrer se tiver uma coligação. É claro que a decisão caberá ao diretório do Progressistas, mas a proximidade de Pacheco, que é ponderado, tem habilidade no diálogo, poder ser meio caminho andado para uma futura união, até mais ampla das forças do campo ideológico à direita.

— O diálogo está aberto a todos os partidos de direita de Santa Maria, inclusive o Novo. Como o Novo mudou o seu formato e critérios para coligações, existe, sim, a possibilidade do Progressistas e o Novo estarem juntos — admitiu Pacheco.

Além de Giuseppe, os vereadores Manoel Badke (União Brasil), Maneco, e Tubias Callil (MDB) prestigiaram a convenção do Progressistas.